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quarta-feira, 23 de novembro de 2005

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OGLOBO:

Pesquisa mostra que imagem de Lula é atingida

Lydia Medeiros

BRASÍLIA. A crise política iniciada em maio com as denúncias de corrupção afetaram a imagem do governo e do presidente Lula, o que pode dificultar sua reeleição. Pesquisa CNT/Sensus divulgada ontem mostra que, quando é avaliado o desempenho pessoal do presidente, a aprovação de 46,7%, registrada em novembro, é a mais baixa desde a posse, em janeiro, quando Lula era aprovado por 83,6% da população.

A pesquisa mostra uma avaliação positiva do governo de 31,1%, o que representa uma queda de 9,2 pontos percentuais em relação a julho, quando, no auge da crise, esse índice era de 40,3%. Em setembro, era de 35,8%.

Avaliação do governo já foi pior

Quando a avaliação é do governo, a pesquisa Sensus já registrou momentos piores: a avaliação positiva é de 31,1%, mas em junho de 2004 era de 29,4%, seu pior índice. A avaliação negativa do governo Lula subiu de 24% em setembro para 29% em novembro. A avaliação regular caiu de 38,2% para 37,6%.

O desempenho do presidente era de 50% em setembro, caiu para 46,7% em novembro. Em janeiro de 2003, logo depois de tomar posse, Lula era aprovado por 83,6% da população.

A avaliação do presidente é inversamente proporcional à renda familiar, confirmando que Lula é mais popular nas camadas mais pobres. Na faixa da população que recebe até um salário-mínimo, 52,6% o aprovam e 37,3% o desaprovam. Entre os que ganham de dez a 20 mínimos, a desaprovação chega a 62,3%. A aprovação nessa faixa é de 30,8%. A pesquisa mostra que para 72,6% dos consultados a imagem de Lula foi diretamente afetada pela crise.

Ricardo Guedes, presidente do Instituto Sensus, considera que dois fatores seguram Lula e o governo. Primeiro, a estabilidade econômica, com redução da taxa de desemprego. Segundo, os programas sociais. Mas é a questão ética o maior problema do presidente. Sua participação pessoal nas denúncias divide o eleitorado: 42,8% acham que ele participou e 41,3% consideram o contrário.

A pesquisa confirma que a corrupção será um dos mais importantes aspectos da próxima disputa eleitoral. Terá influência na decisão de 64,4% dos entrevistados. O eleitor espera mais denúncias: 77,5% acham que novos fatos vão surgir. E 82,1% já decidiram que não votarão de jeito nenhum em políticos envolvidos com corrupção. A máxima “rouba mas faz” continua válida para apenas 13,9%.

Avaliação da economia tem índices melhores

Na avaliação da economia, os resultados são preocupantes, apesar de os indicadores apresentarem melhora. Mais da metade dos entrevistados (52,7%) considera a condução da política econômica inadequada. Em setembro, os críticos eram 52,1%. Para outros 35,3%, a economia está no rumo certo, percentual ligeiramente superior ao de setembro: 34,9%.

As boas estatísticas macroeconômicas parecem ainda não ser percebidas. Para apenas 13,6% a renda mensal aumentou no último semestre. Diminuiu no mesmo período para 29,7% dos entrevistados e ficou estável para 55,8%. Mas há esperança: Para 42,5%, a renda vai subir nos próximos seis meses.

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